God is a Lilly of the Valley foi originalmente criada em 1973, como uma HQ de duas páginas. Em tempos de ditadura militar, ela foi obviamente censurada em um pioneiro salão de humor, dado seu teor político anti-imperialista. Logo em seguida, passando desapercebida pelos órgãos oficiais de censura, conseguiu vir a público na seminal revista Balão. 
 
No início dos anos 1990, Caco Xavier utiliza God is a Lilly como uma peça metalinguística na graphic novel Vila-Velha: A Cidade da Bolha, promovendo um inaudito encontro de titãs dos quadrinhos brasileiros: Flavio Colin e Luiz Gê. Por 35 anos Vila-Velha permaneceu inédita, só agora sendo editada pela MMarte.
 
Décadas depois, Gê “remasteriza” a HQ, substituindo o letreiramento e os meio-tons originais por um sofisticado uso de retículas – versão essa incluída no premiado Fronteira Híbrida (MMarte, 2022). 
 
E agora, em pleno 2025, Luiz Gê expande God is a Lilly of the Valley para uma narrativa visual híbrida e experimental, em uma publicação de 52 páginas e forte acento cinematográfico. Um “hiperquadrinho”, como o próprio autor definiria. 
 
Tal qual o escritor Dalton Trevisan, Luiz Gê enxerga suas obras como processos artísticos abertos que, a qualquer instante, podem ser retomados, retrabalhados e ressignificados. God is a Lilly of the Valley é a prova cabal do talento e inquietude de um artista que não cabe em rótulos convencionais.
 
GOD IS A LILLY OF THE VALLEY
- Autor: Luiz Gê
- 52 páginas PB sobre papel Pólen Bold 90g
- Formato: 21 x 14,8 cm
- Capa em Cartão Supremo 
- Editora: MMarte
- Ano: 2025
- Valor promocional até 14/12/2025: R$ 45,00 (com frete grátis para todo o Brasil)
- Envios a partir de 15/12/2025