MMARTE LANÇA TABARÉU COMIX Nº 1

E aí aparece um tal Pedro Gomides, de Anápolis – segunda maior cidade do Estado de Goiás –, com aquele velho papo: “Estou fazendo uns quadrinhos, quer dar uma olhada?”

As três HQs que temos em TABARÉU COMIX 1 mostram por quê Pedro Gomides é uma das maiores revelações dos quadrinhos do Centro-Oeste e, porque não dizer, do Brasil.

Bankiva, o galo de briga, é uma esquisitice inclassificável, atravessada por um senso de humor oblíquo e estapafúrdio. Parece uma HQ de super-herói. Talvez seja. Vai saber.

Daaris & Marlene, legítimo sci-fi canábico, recende a algo saído da revista Planeta de priscas eras. “Doidimais”, diria um goiano do pé rachado.

A coisa pesa mesmo é com Infeliz da Mariquinha. Aqui o traço de Pedro torna-se herdeiro da árida tradição do quadrinho popular brasileiro, remetendo a nomes como Elmano Silva, Olendino e – para não ficarmos só nos cascas-grossas das antigas – João Pinheiro.

O dicionário diz que “tabaréu”, substantivo, significa “soldado sem experiência; confuso, incompetente”. Como adjetivo, a tradução mais simples e direta é “caipira”. Pedro Gomides pode até ser do interior, mas de incompetente e confuso não tem nada.

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